Craniofaringiomas

Craniofaringiomas são tumores intracranianos de componente sólido cístico em sua estrutura. Ocorrem geralmente na infância e adolescência, mas tem um segundo pico de incidência após os 50 anos de idade. Normalmente são detectados apenas quando atingem um grande tamanho com diâmetro acima de três centímetros. Apesar de benignos podem se tornar aderentes e comprimir as estruturas adjacentes, como os nervos ópticos e glândula hipófise.

Os sintomas dependem da localização do tumor. Quando envolve a área da glândula hipófise pode ocorrer deficiência hormonal, resultando em falha no crescimento, puberdade tardia, perda da função menstrual normal e do desejo sexual, aumento da sensação de frio, fadiga, constipação, pele seca, náuseas, baixa pressão arterial e até depressão. Também pode afetar a capacidade dos rins em reter água, ocasionando perda de grandes quantidades na urina, fenômeno conhecido como diabetes insipidus, ou ainda aumentar os níveis de prolactina causando a secreção de leite na ausência de gestação ou fora do período de lactação.

O diagnóstico de imagem é feito por tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio.

O tratamento indicado é o cirúrgico, sendo realizada cirurgia tradicional através do crânio ou por uma abordagem menos invasiva através do nariz do paciente, utilizando-se o microscópio ou endoscópio. Outra possibilidade é a radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia estereotáxica fracionada, dependendo da localização e tamanho do tumor. Em algumas situações, cistos de grande tamanho podem ser tratados com o posicionamento de um catéter no interior do cisto com o auxílio de estereotaxia ou neuronavegação. O catéter pode ser conectado ao reservatório de Omaya que permite a aspiração do cisto caso ocorra acúmulo de líquido em seu interior e sintomas decorrentes do aumento da pressão intracraniana.