Meningiomas são tumores extra-axiais originados na aracnóide, usualmente de caráter benigno e crescimento lento. Podem variar muito em tamanho e localização, podendo também ocorrer no canal vertebral.
Constituem 14,3 a 19% dos tumores primários intracranianos. Ocorrem mais em mulheres e tem maior incidência por volta dos 45 anos de idade. Podem ser únicos ou múltiplos, principalmente quando encontrados na neurofibromatose.
Os sintomas estão relacionados com a localização e tamanho do tumor, desde cefaléia (dores de cabeça), alterações visuais ou da glândula hipófise até alterações do olfato e do comportamento, como visto nos meningiomas da goteira olfatória.
São diagnosticados por tomografia computadorizada e ressonância magnética. A angiografia cerebral ou a angio-tomografia podem demonstrar a relação do tumor com veias e artérias cerebrais, permitindo o planejamento da abordagem cirúrgica quando indicada.
As opções de tratamento incluem acompanhamento do paciente com exames de imagem seriados, procedimentos cirúrgicos e a radiocirurgia.
Pacientes idosos, ou sem sintomas, ou que não poderiam tolerar uma cirurgia e que apresentam meningiomas pequenos, podem ser acompanhados por um neurocirurgião com exames de ressonância magnética seriados. Como estes tumores são em sua maioria benignos e de crescimento lento, podem não causar nenhum problema para estes pacientes.
Quando uma cirurgia é indicada tem como objetivo a ressecção completa do tumor, da dura-máter e osso craniano quando estes estão infiltrados pela lesão. Apesar disso podem ocorrer recidivas de acordo com a extensão da ressecção e tipo histológico da lesão.
Para meningiomas em regiões de difícil acesso, particularmente na região da base de crânio onde a cirurgia convencional apresenta riscos maiores de sequelas neurológicas, a radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia estereotáxica fracionada constitui opção extremamente vantajosa para os pacientes.